Começou a contagem regressiva para o maior show de heavy metal do ano, no Recife. Faltando poucas horas pra o Iron Maiden subir ao palco na área externa do Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, Região Metropolitana, domingo à noite, cresce a expectativa para a segunda apresentação dos britânicos na capital pernambucana. Só que ao contrário do espetáculo de 2009, no Jóquei Clube, no Prado, a banda liderada pelo chefão e baixista Steve Harris mostrará canções de um novo trabalho de estúdio. O bom, porém complicado, "The Final Frontier", lançado em 2010.
Quem tiver condições de tirar do bolso R$ 200 para a pista (e R$ 100, meia-entrada) ou R$ 300 para o espaço VIP poderá conferir 16 músicas, cinco do último álbum e 11 clássicos. O giro incluiu outras cinco cidades brasileiras e levou mais de 50 mil pessoas ao Estádio do Morumbi, em São Paulo, numa mostra de prestígio do conjunto, que carrega há mais de 30 anos a bandeira da música pesada e já vendeu quase 90 milhões de discos.
O show de domingo terá início às 20h. Mas o fã poderá entrar a partir das 16h. É importante chegar cedo e evitar filas grandes e possíveis transtornos. Por volta das 18h30, haverá o esquente com a banda pernambucana Terra Prima, que lançou, no ano passado, o álbum "And Life Begins", com boa repercussão na mídia especializada. Para quem vai de carro, o ideal é deixar o veículo no Shopping Tacaruna. Haverá reforço nas linhas de ônibus para o Centro de Convenções, segundo o Grande Recife Consórcio.
Quem garantiu o ingresso ou ainda vai comprar o tíquete de última hora pode ter certeza de uma coisa: o show vale a pena. O repertório escolhido agradará os mais velhos e até a nova geração do metal. Tem música do primeiro álbum, de 1980, e espaço reservado para canções da última década, contemplando os discos Brave New World (2000) e Dance Of Death (2003). Sem falar em The Number Of The Beast (1982), The Trooper (1983) e 2 Minutes to Midnight (1984), além do último clássico absoluto dos caras, Fear Of The Dark (1992).
Entre as novas, destaques para a introdução do show, com "Satellite 15... The Final Frontier" e suas batidas tribais. A apresentação começa com cenas no telão e as guitarras dissonantes ecoando nos alto-falantes. Quando a banda entra em cena, traz um hard rock grudento, feito para cantar junto. O single "El Dorado" tem bons solos de Dave Murray e Adrian Smith, que fazem parte do trio de guitarristas, com Janick Gers.
A semibalada "Coming Home" mostra a emoção de Bruce Dickinson falando sobre a paixão pela aviação e tem um belo solo de guitarra. Lá atrás, na batera, o louco Nicko McBrain e o mascote Eddie, que este ano está remodelado. Ele aparece na música "Iron Maiden", antes do bis. A apresentação tem, ainda, um nova candidata a clássico: "When The Wild Wind Blows", composta por Steve Harris para The Final Frontier. Com 11 minutos de duração e baseada em um riff de baixo hipnotizante e tem uma letra inteligente sobre as tragédias atuais do mundo. Dramas narrados do ponto de vista de quem assiste a tudo em casa, pelo noticiário. Para terminar com tudo, "Running Free", hino de rebeldia com a cara do início da banda, no anos 80.
Pois bem, que acompanha o Maiden de perto não pode perder nenhum momento dessa nova passagem dos caras por aqui. Os mais fanáticos tentarão ir ao aeroporto para dar uma espiada no Ed Force One, o Boeing que leva trupe em mais um giro pelo planeta. No caso dos curiosos, um recado: não é todo dia que um nome de tanta expressividade no show biss mundial vem para cá. Para quem gosta de premiações vale lembrar que eles ganharam o primeiro Grammy Awards, agora, com a música "El Dorado". Mais um ingrediente para essa farra de som, luzes e pirotécnica previstas para logo mais. Tire a camiseta preta do armário e se prepare par um grande noite de metal.
Fonte: JC Online